O Maranhão é o Estado com a maior diferença entre o número de pessoas que recebem o Auxílio Brasil e as que têm carteira assinada, segundo um levantamento feito pelo g1 com base nos números do programa social fornecidos pelo Ministério da Cidadania e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Isso significa que a renda fixa da maioria das famílias maranhenses vem deste programa social; um dinheiro que ajuda, mas que acaba antes do fim do mês.
Cerca de 1.107,306 pessoas dependem do programa, enquanto nem metade desse número trabalha com carteira assinada.
Em 13 Estados do Brasil, o número de famílias que vivem do dinheiro do Auxílio Brasil é maior que o das que vivem da renda do trabalho formal, com vínculo na CLT. De acordo com o sociólogo Bruno Rogens, essa situação de desigualdade social e de dependência de benefícios estatais é resultado do modelo de desenvolvimento do país.
“Os impactos deste cenário para o Maranhão é a permanência de uma situação de vulnerabilidade social muito grande, de dependência da sociedade em relação a benefícios estatais, a benefícios de programas assistenciais. Isso coloca uma situação de fragilidade muito grande da sociedade e que tem, inclusive, consequências econômicas e políticas” conclui Bruno.